14 de dez de 2023
Atualizado: jan 11
Palestras sobre saúde reprodutiva em oito escolas foram uma parceria entre a vereadora e a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba
Entre setembro e novembro de 2023, a vereadora Maria Leticia (PV) ministrou a palestra “Segue o Fluxo: uma vivência prática de conscientização”, sobre pobreza menstrual e saúde reprodutiva, em oito escolas da rede municipal de ensino de Curitiba.
A iniciativa, que foi uma parceria entre o mandato da vereadora e a Secretaria Municipal de Educação (SME), levou a discussão sobre menstruação para cerca de 40 turmas e 1.200 estudantes.
O objetivo foi colocar em prática a Lei 15.975, aprovada pelo mandato Maria Leticia em 2022, que instituiu a campanha de conscientização do ciclo menstrual. A ideia é que todos os anos, na quarta semana do mês de maio, as escolas municipais de Curitiba realizem debates, rodas de conversas e campanhas educativas, informativas e de conscientização a respeito do ciclo menstrual. As instituições também ficam autorizadas a disponibilizar absorventes a estudantes que necessitarem.
A vereadora, que também é ginecologista, médica legista e procuradora da Mulher na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), tem uma extensa atuação na área de saúde e defesa dos direitos das mulheres. Além da Lei 15.975, Maria Leticia também aprovou em 2019 a Lei 15.488, que instituiu a semana da conscientização da saúde sexual e reprodutiva, a ser realizada anualmente na segunda semana do mês de agosto na capital. O objetivo da legislação é informar a população sobre o tema, abordando discussões sobre sexo/sexualidade, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis.
A palestra
Na fala para as turmas da rede municipal de ensino, a vereadora abordou o fato da menstruação ainda ser tratada como um tabu, explicou sobre o ciclo menstrual, a fisiologia do corpo feminino, os métodos contraceptivos e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Além disso, Maria Leticia falou sobre a importância da educação sexual e menstrual para a diminuição dos casos de gravidez precoce e destacou como a precariedade menstrual, situação caracterizada pela falta de informação, infraestrutura e acesso a itens básicos de higiene, reflete e intensifica as desigualdades sociais do Brasil.
Segundo o estudo Livre para Menstruar, 1 em cada 4 meninas falta a escola durante o período menstrual, chegando a perder dois meses de aula por ano. O resultado é um déficit de educação que impacta a formação das estudantes e cria um abismo ainda maior entre homens e mulheres.
Escolas que receberam a palestra sobre ciclo menstrual