Na reunião extraordinária da Comissão de Saude, Bem Estar Social da Câmara Municipal de Curitiba, realizada nesta terça-feira (19), foi aprovado o projeto de lei da vereadora Maria Leticia Fagundes que institui a Semana de Prevenção ao Traço de Anemia Falciforme. O objetivo é promover o conhecimento sobre a doença, como a origem, sintomas e tratamento com ações a serem realizadas na última semana de abril e coordenadas pela Secretaria Municipal de Saúde, conforme estabelece o projeto de lei protocolado na Câmara Municipal (005.00332.2017).
Durante a reunião, que foi a última do ano de 2017, a parlamentar que é presidente do colegiado, agradeceu a dedicação dos colegas vereadores e dos servidores da Câmara Municipal de Curitiba. Também foram acatados outros projetos: (014.00074.2017) de autoria do vereador Toninho da Farmácia, o qual declara Utilidade Pública a Associação Naha de Karate-do-Goju-Ryu; (014.00076.2017) de iniciativa do vereador Professor Silberto, que declara Utilidade Pública a Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Professor Máximo Atílio Asinelli; e a proposição (014.00078.2017) do vereador Zezinho do Sabará, o qual declara Utilidade Pública o Grêmio Esportivo Recreativo do Caiuá e Amigos da CIC.
Traço de Anemia Falciforme
Conforme o texto apresentado pela vereadora, a ideia é estabelecer parcerias com instituições públicas e privadas para a promoção de atividades e assim evitar ônus ao Município. O objetivo, segundo consta na matéria, é facilitar o acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento, levar informação aos profissionais de saúde e à população sobre a doença e estimular a busca ativa, por meio do diagnóstico clínico e laboratorial dos familiares de quem tem a doença ou o traço dela, incluindo crianças, adolescentes e adultos em quem a doença não foi diagnosticada.
De acordo com Maria Leticia, é necessário levar conhecimento à população sobre a doença para melhorar a qualidade de vida daqueles que têm a doença, aumentando também a expectativa de vida do paciente. “Apesar de não ter tratamento definitivo para a doença, há vasta informação sobre a possibilidade de melhoria da qualidade de vida dos portadores”, diz.
Segundo a autora, Ministério da Saúde possui uma proposta nacional, através do Programa de Anemia Falciforme, mas apresenta apenas diretrizes, devendo os municípios implantarem e regulamentarem o atendimento aos pacientes, “conforme já está acontecendo em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo”, afirma Maria Leticia Fagundes.
A doença
Conforme explica Maria Leticia, a anemia falciforme é uma doença hereditária, caracterizada pela presença de uma hemoglobina anormal, que sob determinadas condições de desoxigenação polimeriza-se, deformando as hemácias e levando à deficiência no transporte de oxigênio e gás carbônico, além de outras complicações nos indivíduos acometidos pela doença.
Não é contagiosa e não tem cura, porém pode ser controlada através de alguns cuidados básicos de saúde. Especialistas estimam que a frequência da doença pode chegar a 10% da população negra e parda brasileira, e a 2% da população em geral.
Texto: Claudia Krüger
Revisão: José Lazaro Jr.
Edição: Assessoria vereadora Maria Leticia Fagundes
Foto: Rodrigo Fonseca / CMC