Agroecologia: uma resposta à emergência climática

Participam do debate a engenheira florestal e agricultora agroflorestal do setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Priscila Facina Monnerat; a coordenadora do Programa Iguaçu na Organização Terra de Direitos e doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tchenna Fernandes Maso; e a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) e coordenadora do Fórum Estadual de Combate aos Agrotóxicos, Margaret Matos de Carvalho.

Agroecologia

Anualmente, são usadas no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. No Brasil o consumo é superior a 300 mil toneladas por ano, segundo informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Há anos o Brasil é um dos países que mais consome agrotóxicos, decorrente sobretudo do desenvolvimento do agronegócio no setor econômico, da permissão de produtos já banidos em outros locais e da venda ilegal de agrotóxicos.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os agrotóxicos causam 70 mil intoxicações agudas e crônicas por ano e que evoluem para óbito, em países em desenvolvimento. Outros mais de sete milhões de casos de doenças agudas e crônicas não fatais também são registrados.

Diante desse cenário, a agroecologia vem como uma alternativa propondo uma forma de produção sustentável a partir de uma perspectiva ecológica. Essa prática, ao mesmo tempo que contribui com a segurança alimentar e nutricional das pessoas, é capaz de amenizar os impactos da emergência climática no meio ambiente.