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Praça 19 de Dezembro tem intervenção urbana pela dignidade menstrual em Curitiba

Ato promoveu o debate sobre políticas públicas de combate à pobreza menstrual em Curitiba. Segundo a ONU, 1 em cada 4 meninas falta à escola por não ter absorvente.

A Praça 19 de Dezembro foi palco de um ato pela dignidade menstrual em Curitiba. A manifestação, reuniu coletivos como o Igualdade Menstrual, e entidades como a OAB-PR e o NUDEM – Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do PR, e foi promovida pela vereadora e Procuradora da Mulher da Câmara Municipal, Maria Leticia.

Além de distribuição de cartilhas e adesivos sobre a pobreza menstrual, o evento teve a realização de uma intervenção urbana gigante. “Preparamos uma ação impactante para surpreender quem passou pelo lugar conhecido como a Praça do Homem Nu. Chamamos a atenção para a estátua da Mulher Nua, que amanheceu menstruada”, comentou a vereadora. O objetivo é promover o debate sobre a importância de políticas públicas que combatam a pobreza menstrual na cidade.

Intervenção urbana atraiu a atenção de quem passou pela Praça 19 de Dezembro, em Curitiba (Foto: Raíssa Domingues)

Um problema para além da saúde pública A falta de informação sobre o ciclo menstrual e a falta de absorventes e de infraestrutura básica como banheiro e água encanada têm impactos profundos na vida de quem menstrua. 

Cartilhas elaboradas pela médica e vereadora Maria Leticia falam sobre a importância do combate à pobreza menstrual (Foto: Raíssa Domingues)

Além da evasão escolar, com meninas faltando até um bimestre por ano por não terem absorvente (segundo relatório da ONU), a pobreza menstrual impacta na saúde, pois o uso indevido de paninhos, miolo de pão, jornal e outros materiais para conter o fluxo menstrual causa infecções como a candidíase. Segundo estudo da Johnson & Johnson Consumer Health & Instituto Kyra e Mosaiclab 2021, nos últimos 12 meses, 28% das mulheres relataram casos de infecção urinária ou cistite, 24% de candidíase e 11% tiveram infecção vaginal por fungo. “Como médica, sei que a atuação preventiva é sempre mais econômica. Para quem questiona o custo do absorvente para o Estado, eu pergunto: e quanto ao impacto financeiro dessas doenças no sistema público de saúde?”, reflete a médica e vereadora.

Curitiba pode dar exemplo

A ação na Praça 19 de Dezembro antecede a votação do PL nº 005.00063.2021, que institui em Curitiba a Campanha de Conscientização do Ciclo Menstrual. O projeto, de autoria da vereadora Maria Leticia (PV), tem votação marcada no plenário da Câmara Municipal para 08/03, Dia Internacional da Mulher. “Outras cidades no Paraná já possuem leis de combate à pobreza menstrual, mas nenhuma com atuação voltada para a rede pública de ensino e, nesse sentido, é uma proposta inovadora”, explica Adriana Bukowski, co-fundadora do Coletivo Igualdade Menstrual.O Projeto de Lei estabelece a realização de atividades educativas para estudantes, pais, mães, professores e equipes pedagógicas, além da distribuição gratuita de absorventes e itens de higiene menstrual nas escolas públicas da Capital.

Na mídia:




(Plural)




(Aroldo Murá)




(Bem Paraná)




(Band News)




(Jornal da Manhã)



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