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Maria Leticia cobra providências sobre situação da saúde em Curitiba

Parlamentar, que é médica, denunciou a má gestão dos recursos destinados à saúde frente aos relatos de superlotação e mortes em UPAs


Maria Leticia apresentou dados dos relatórios da Secretaria Municipal de Saúde de 2022 e 2023. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Diante da repercussão da superlotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais e mortes em unidades de saúde de Curitiba, a vereadora Maria Leticia (PV) criticou a má gestão dos recursos destinados à saúde e cobrou providências da prefeitura.


Durante a sessão plenária da última quarta-feira (10), a parlamentar apresentou dados dos relatórios da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de 2022 e 2023, que mostram que enquanto a demanda por atendimento cresceu 47%, passando de 39 milhões para 58 milhões, o número de profissionais aumentou apenas 3%, de 9,9 mil para 10,2 mil.


Conforme os dados, os investimentos na área da saúde subiram de R$ 2 bilhões para R$ 6 bilhões em um ano. Porém, segundo Maria Leticia, são frequentes as denúncias de pessoas morrendo desassistidas, aguardando mais de cinco horas em filas, equipes sobrecarregadas e estruturas precarizadas.


“Em Curitiba, está morrendo gente na sala de espera. Não estamos falando mais de pandemia, mas de uma sindemia, que é uma conjunção de vários tipos de doenças, que ao acontecerem juntas provocam mais danos que se estivesse ocorrendo individualmente. E quem é mais atingido por isso? São as pessoas que vivem em condição de vulnerabilidade”, afirmou a vereadora.


Além de Maria Leticia, os vereadores Alexandre Leprevost (União) e João da 5 Irmãos (MDB) abordaram o cenário da dengue na capital. Os parlamentares, que são membros da Comissão de Saúde da Câmara, afirmaram que devem solicitar uma agenda com a secretária da pasta, Beatriz Battistella Nadas.


Plano de contingência


Na última quarta (10), a SMS anunciou que vai iniciar um plano de contingência devido à alta demanda que ocorre em todos os pontos de atenção, principalmente no setor de urgência e emergência, com atendimentos de casos respiratórios, suspeitas de dengue e de crises hipertensivas e de glicemia nas UPAs da capital. Além das UPAs, os hospitais de Curitiba também registram lotação por conta dos traumas, sobretudo de acidentes de trânsito.


Conforme dados da prefeitura, em março deste ano, a média de pessoas atendidas nas UPAs foi de 4.285 por dia, sendo 25% a mais que no mesmo mês em 2023.


O plano de contingência abrange um sistema de "fluxo de atendimento em Y", que prevê um eixo de atendimento específico para casos respiratórios e pacientes com suspeita de dengue e outro eixo para os demais atendimentos, além da ampliação de carga horária de médicos, com instalação de tendas nas UPAs Boa Vista e Cajuru, e expansão do teleatendimento.

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