Uma das respostas que busco há mais de 20 anos como médica legista é o tamanho da violência contra a mulher. Diariamente mulheres são desrespeitadas, agredidas e mortas, uma realidade inaceitável, que é difícil de mensurar.
O silêncio dessas mulheres é um obstáculo que só será rompido com esforço para garantir definitivamente respeito e igualdade. Nessa semana, o Globo de Ouro foi marcado por protestos, com a maioria das atrizes vestidas de preto em solidariedade ao movimento contra o assédio, Time's Up. E a palavra-chave do momento é consenso.
O corpo da mulher é direito somente dela e a ela cabe viver a sexualidade como bem entender. A mulher tem direito de andar e se vestir da forma como se sentir melhor. Isso é ser mulher de verdade, independente de se encaixar em algum padrão. 2018 é o ano contra o assédio sexual.