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Vereadora Maria Leticia dá entrevista à Banda B – Pacientes denunciam caos vivido dentro das U

Fonte: Banda B

Falta de remédios e materiais básicos, poucos funcionários e enormes filas de espera. Essa é a realidade das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba, segundo relatos dos pacientes que diariamente entram em contato com a Banda B. As reclamações coincidem com as informações coletadas pela médica e vereadora Maria Letícia Fagundes, que fez uma ‘peregrinação’ por todas as UPAs do município nos últimos meses.

“Existe falta de material e medicamento, um corpo clínico deficiente e um fluxo muito grande de pessoas, sem nenhuma segurança. Esses são fatores comuns a todas as unidades”, disse a vereadora nesta terça-feira (2) em entrevista à Banda B. Segundo ela, as condições são tão precárias que um único funcionário é responsável pela esterilização do material nas UPAs. “Imagine só, uma pessoa para fazer tudo, lavar e entregar os instrumentos… São situações que precisam ser corrigidas imediatamente”, afirmou. Confira abaixo os pontos analisados pela vereadora:

Fluxo de pessoas

Para a médica, o acesso facilitado do usuário aos prédios é uma das questões mais preocupantes, por representar risco à saúde e segurança dos pacientes e servidores. “O primeiro passo para solucionar isso e, como consequência, desafogar as UPAs, é resolver o fluxo. Eu cheguei a ver um cidadão levando o cachorro para dentro da unidade, isso é um completo absurdo. Qualquer pessoa pode entrar, sem ninguém na porta perguntando para onde ela vai ou até dando algum tipo de orientação. Isso é muito perigoso, tanto para a saúde quanto segurança dos usuários e dos próprios funcionários”, completou.

Falta de remédios

Sobre a falta de medicamentos, a vereadora procurou a Secretaria Municipal de Saúde, que confirmou que uma licitação para repor os remédios já está em andamento. “O meu objetivo agora é fiscalizar essas ações e estabelecer um prazo junto com a administração, para que a situação seja solucionada”. Falha de comunicação A vereadora ainda ressaltou que existem problemas que podem ser resolvidos sem precisar de recursos financeiros. A falha de comunicação e organização é uma delas.

“A UPA foi feita para atender emergência. Então, se chega alguém que sofreu um infarto ou um acidente, essa pessoa deve ser priorizada. O atendimento de baixo risco impacta de forma negativa a urgência e contribui para uma unidade lotada”. Com todas as informações sobre as UPAs em mãos, Maria Letícia deve fazer um relatório e encaminhá-lo para o prefeito Rafael Greca (PMN). Sobre o caso, a reportagem entrou em contato com a prefeitura de Curitiba e aguarda retorno.

Hospital Evangélico

Além das UPAs, o Hospital Evangélico também é alvo de reclamações dos usuários. Um paciente, que sofreu um acidente de trânsito no dia 17 de abril, teve uma cirurgia desmarcada nesta semana. “Eu atropelei um cachorro e caí de moto na Rodovia dos Minérios. Sofri fratura na clavícula direita e nos arcos costais. Tinha cirurgia marcada para amanhã, mas hoje me ligaram cancelando devido às dificuldades que o hospital está passando. Disseram que não tinham nem roupas para os pacientes. E agora, como eu fico? Espero por uma decisão ou procuro ajuda em outro lugar?”, questionou.

Em nota, o hospital informou que não há setores interrompidos ou fechados no local. “Por dificuldade de insumos, estão sendo aplicadas medidas restritivas em setores do hospital, buscando manter o atendimento à população em sua capacidade máxima possível”, finalizou o texto.

Prefeitura

Em nota,a prefeitura informou que todos os dias o SUS Curitiba realiza mais de 5 mil consultas médicas, 3,3 mil consultas de emergência, 2,3 mil consultas de enfermagem, 8,6 mil exames e 14 mil procedimentos de enfermagem.

Confira a nota:

Portanto, não é verídico dizer que o sistema está caótico. As reclamações são referentes a falhas pontuais que estão sendo corrigidas pela nova gestão, que assumiu há quatro meses uma secretaria com um déficit de 233 milhões. Toda a regularização de estoque dos medicamentos e insumos faltantes está sendo resolvida até o fim deste mês. Quase 200 mil pessoas estão sendo atendidas nos mutirões do Saúde Já, estratégia criada para equalizar o problema das filas criadas nos últimos anos. Além disso, estão sendo estudadas formas de melhorar a segurança nas unidades de saúde Curitiba. Em relação ao papel da UPA, a Secretaria esclarece que a unidade 24 horas é realmente voltada a urgências e emergências, por isso adota o protocolo Manchester de classificação para prioridade de atendimento dos pacientes. Deste modo, os pacientes mais graves e urgentes são atendidos antes. Assim, o tempo de espera maior recai sobre os pacientes menos graves e que poderiam buscar atendimento no posto de saúde. Ou seja, pacientes graves não ficam esperando atendimento.


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